Médicos especializados em medicina de emergência: esses são os emergencistas, profissionais presentes no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) que têm sido fundamentais para trazer mais eficiência ao atendimento de pacientes em estado grave. Essenciais para garantir respostas rápidas, esses especialistas são treinados para realizar intervenções precisas e liderar condutas baseadas em protocolos clínicos.
A introdução desses profissionais na rotina hospitalar é uma iniciativa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), como parte de um amplo esforço para qualificar o atendimento nas áreas mais sensíveis da rede pública. Desde janeiro de 2025, o HBDF conta com pelo menos um emergencista de plantão, 24 horas por dia, sete dias por semana.
A presença contínua desses especialistas tem impactado diretamente a qualidade da assistência, principalmente em setores críticos como a Sala Vermelha, onde são acolhidos os casos mais graves.
“O médico emergencista atua na linha de frente, prestando cuidados rápidos e decisivos a pacientes em situações críticas e potencialmente fatais, sempre com base em evidências e protocolos bem estabelecidos”, explica Túlio Cangussu da Matta, chefe do Serviço de Medicina de Emergência do HBDF.
Esses profissionais possuem formação específica, com residência médica na área e Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Sua expertise permite conduzir desde a estabilização inicial até o encaminhamento seguro do paciente, otimizando o fluxo no hospital.
Para o superintendente do Hospital de Base, Edson Gonçalves, a atuação dos emergencistas reforça o compromisso da unidade com a qualidade e a segurança assistencial. “A medicina de emergência é essencial em hospitais de grande porte como o nosso. Com esses profissionais, conseguimos oferecer um atendimento mais resolutivo e eficiente à população”, destaca.
Cuidado rápido e preciso
Paulo Guilherme Santos, de 36 anos, é um dos emergencistas que integram a equipe do Hospital de Base desde janeiro. Ele escolheu a especialidade justamente pelo dinamismo, como a necessidade de realizar procedimentos urgentes e tomar decisões rápidas. “Atendemos todos os tipos de emergência, traumas, casos ortopédicos, obstétricos e pediátricos, mas o foco principal é a clínica médica”, relata.
Paulo Guilherme Santos, de 36 anos, é um dos emergencistas que integram a equipe do Hospital de Base desde janeiro. Ele escolheu a especialidade justamente pelo dinamismo, como a necessidade de realizar procedimentos urgentes e tomar decisões rápidas. “Atendemos todos os tipos de emergência, traumas, casos ortopédicos, obstétricos e pediátricos, mas o foco principal é a clínica médica”, relata.
Os especialistas estão capacitados para procedimentos de alta complexidade, como a intubação em pacientes com vias aéreas difíceis. “Precisamos estar preparados para manejar quadros extremamente agudos ou pacientes crônicos que descompensam de forma súbita”, explica.
Apesar da rotina intensa, Paulo já se habituou à imprevisibilidade da Sala Vermelha. “Fui da primeira turma de Medicina de Emergência de Brasília e fiz residência aqui no Hospital de Base. É no serviço público que enfrentamos casos de altíssima gravidade, situações que muitas vezes só vemos aqui”, conta.
A agilidade e a precisão são indispensáveis na função. “Realizamos muitos procedimentos que normalmente ficariam a cargo da radiologia intervencionista, mas que, dada a urgência, precisam ser feitos na hora. Hoje mesmo, resolvemos dois casos complexos em cerca de 40 minutos, garantindo segurança e estabilidade aos pacientes”, relata.
Apesar dos desafios, Paulo vê na profissão uma realização pessoal. “Ser emergencista é um estilo de vida. O grande desafio é equilibrar a vida pessoal com a intensidade do trabalho. Com o tempo, aprendemos a driblar o cansaço e encontrar atividades que nos ajudam a relaxar. Isso é essencial para mantermos nossa saúde mental e não nos sobrecarregarmos”, afirma.
Mudança percebida pela equipe
Mariane Rodrigues Ribeiro, técnica de enfermagem na Sala Vermelha há quatro anos, testemunhou de perto a transformação trazida pelos emergencistas. “É perceptível a diferença no fluxo e na resolução dos atendimentos de extrema urgência desde a chegada desses profissionais. Cada plantão com eles é um aprendizado. Me sinto lisonjeada por fazer parte dessa nova história que estamos construindo aqui no Hospital de Base”, conclui.
Mariane Rodrigues Ribeiro, técnica de enfermagem na Sala Vermelha há quatro anos, testemunhou de perto a transformação trazida pelos emergencistas. “É perceptível a diferença no fluxo e na resolução dos atendimentos de extrema urgência desde a chegada desses profissionais. Cada plantão com eles é um aprendizado. Me sinto lisonjeada por fazer parte dessa nova história que estamos construindo aqui no Hospital de Base”, conclui.
